Como os dados estão redefinindo o turismo no Brasil
Por muito tempo, o turismo foi sinônimo de emoção, atendimento personalizado e roteiros inesquecíveis. As agências de viagem prosperavam baseadas em relações de confiança e indicações. Mas o mercado mudou.
Hoje, os viajantes brasileiros estão mais digitais e exigentes do que nunca. De acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio), mais de 60% das decisões de viagem no país são influenciadas por canais digitais e redes sociais. Além disso, o buscador Google aponta que 7 em cada 10 brasileiros pesquisam destinos e comparações de preço online antes mesmo de entrar em contato com uma agência. Eles esperam ofertas personalizadas, navegação intuitiva e experiências que falem diretamente com seus interesses. Nesse cenário, depender apenas da intuição ou da experiência passada pode significar perder espaço para concorrentes mais conectados com os dados.
Nesse novo cenário, intuição não basta. É aqui que os dados entram como o novo combustível para as agências de turismo modernas. Se você ainda acredita que experiência e boas relações bastam para garantir o crescimento, prepare-se: os próximos passos dessa jornada podem mudar completamente a forma como sua agência se conecta com seus clientes. Continue a leitura e descubra como colocar os dados no centro da sua estratégia pode ser o diferencial que você procura.
Era uma vez… A jornada da viagem inteligente
Vamos imaginar uma cena comum no mercado de turismo antes da revolução dos dados: uma agência de porte médio, com uma equipe experiente e dedicada. O time montava pacotes com base em anos de estrada, conversas com clientes e, claro, aquele famoso “sexto sentido” que todo consultor de viagem diz ter. Intuição, aliás, era parte do briefing. E funcionava — até que o comportamento dos viajantes começou a mudar mais rápido do que os roteiros impressos. Foi aí que perceberam: saber de cor os destinos mais vendidos já não bastava.
Com a pandemia e a posterior retomada do setor, perceberam que os padrões de consumo mudaram drasticamente. Clientes tradicionais sumiram, novos perfis surgiram, e a concorrência online aumentou.
Decidiram investir em uma plataforma de análise de dados. A partir de informações coletadas de interações online, buscas, preferências anteriores e tendências de mercado, a “Histórias do Mundo” começou a antecipar demandas: ofereceram viagens de curta duração para destinos nacionais a casais que buscavam escapadas românticas; pacotes de “workcation” para profissionais em home office; e roteiros personalizados para turistas que buscavam experiências ao ar livre.
O resultado? A agência passou a compreender melhor o que seus clientes realmente desejavam, criando experiências mais conectadas com seus perfis e aumentando significativamente o engajamento. Mais do que números, o que se conquistou foi relevância. E talvez a maior lição disso tudo seja que, no turismo moderno, quem conhece os dados, conhece melhor as pessoas.
Por que dados são essenciais para agências de turismo?
Antes de falarmos sobre os principais motivos que tornam os dados indispensáveis para agências de turismo, é importante entender que o comportamento do consumidor mudou — e com ele, a forma de fazer negócios. Hoje, é preciso ir além do atendimento cordial e das ofertas genéricas: é necessário entregar experiências sob medida, no tempo certo e com valor percebido. E isso só é possível com uma base sólida de informações. A seguir, veja como os dados podem transformar cada etapa da atuação de uma agência.
1. Conhecimento profundo do cliente
Com dados, é possível criar perfis detalhados de comportamento: destinos preferidos, tipo de hospedagem favorita, orçamento médio, sazonalidade de viagens e até mesmo preferências de atividades.
2. Personalização em escala
A análise de dados permite oferecer promoções e pacotes personalizados em massa, ajustando a comunicação e a oferta para diferentes segmentos.
3. Antecipar Tendências e Comportamentos
Plataformas de BI e IA ajudam a prever quais destinos estarão em alta, quais tipos de experiência serão mais buscados e como o comportamento de compra pode mudar.
4. Otimização de Investimentos em Marketing
Com dados claros sobre o que funciona e para quem, é possível alocar melhor recursos em campanhas de marketing digital, aumentando o retorno sobre investimento (ROI).
Dados do mercado de turismo
No Brasil, o setor de turismo gerou mais de R$ 700 bilhões em receitas em 2023, representando cerca de 7,8% do PIB nacional, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC). A digitalização do setor acelerou nos últimos anos, e as agências que utilizam dados para personalizar pacotes, prever demandas e otimizar a experiência do cliente já se destacam no cenário competitivo. Pequenas e médias agências, antes limitadas a planilhas e intuição, agora têm acesso a plataformas acessíveis de Business Intelligence, e com isso, conseguem competir em pé de igualdade com grandes operadoras — desde que estejam dispostas a transformar informação em estratégia.
Mais do que números impressionantes, esses dados reforçam uma verdade inescapável: em um mercado competitivo como o turismo, a capacidade de transformar informações em ações estratégicas é o que separa agências relevantes daquelas que apenas sobrevivem. Não se trata mais de coletar dados por vaidade ou por obrigação, mas de usá-los como ferramenta ativa para criar valor real para o cliente. Em tempos em que o consumidor exige experiências sob medida, personalização deixou de ser um luxo — virou necessidade. E agências que dominam esse processo têm mais chances de inovar, prever o comportamento do viajante e construir relacionamentos de longo prazo. Afinal, quem conhece profundamente seus dados conhece ainda melhor seus passageiros.
O futuro é agora
Se tem algo que este artigo deixou claro, é que os dados não são mais uma opção no turismo moderno — são uma exigência competitiva. E não se trata apenas de adotar tecnologia por modismo, mas de entender como a inteligência baseada em dados pode transformar, de fato, o jeito de fazer turismo. Do primeiro clique na rede social até o feedback pós-viagem, tudo pode (e deve) ser guiado por informações reais, estruturadas e atualizadas.
A questão, portanto, não é mais “se” vale a pena investir em dados — mas sim o que sua agência está deixando de ganhar ao ignorá-los. Enquanto algumas continuam disputando por preço e volume, outras já estão construindo relacionamentos de longo prazo com seus clientes, entregando experiências memoráveis com base em previsibilidade e precisão.
O futuro pertence às agências que entendem que dados são mais do que números: são histórias esperando para serem contadas com inteligência. E quem aprende a escutar essas histórias, lidera o caminho.
No futuro próximo, as agências que não investirem em coleta, organização e análise de dados estarão fadadas a competir apenas por preço — um jogo cada vez mais arriscado.
O verdadeiro diferencial não será apenas montar bons roteiros, mas entregar a experiência certa, para o cliente certo, no momento certo. Se sua agência quer crescer, fidelizar e se diferenciar, os dados precisam estar no centro da estratégia.
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